Era inevitável. Milton Friedman disse-o há mais de 10 anos. Face ao comportamento desregrado dos maus alunos ou PIGS, só havia dois caminhos: ou a saída da Zona Euro ou, depois de abandonar a política monetária com a entrada no euro, também a política orçamental teria que ser abandonada a Bruxelas (leia-se a Berlim). Foi o que o Ecofin decidiu com a aprovação do sistema de coordenação orçamental que vai confirmar ou vetar as medidas de política orçamental (e, de caminho, parte da política económica) antes da apresentação do orçamento nos parlamentos nacionais.
Tudo isto discretamente, com as esquerdas distraídas (trogloditas e chiques), ou a fazerem-se distraídas (esquerda social-democrata) ou suspirando de alívio (esquerda «realista») por a roda do leme ser entregue a Bruxelas a quem será debitado o ónus das medidas impopulares.
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