Ele era uma criatura que arrotava uma ética farfalhuda em contraste com uma vida pessoal e profissional sinuosa. O admirador era uma daquelas criaturas que nasceram para se espantar com arrotos éticos. O homem era uma criatura que tinha feito pela vida o melhor que sabia e podia, realizando obra sem transigências morais, desperdiçando por isso oportunidades que exigiam uma coluna vertebral flexível.
Este homem, disse ele para o admirador, é uma inteligência pura. Sabes, perguntou para o homem, que existem inteligências puras e inteligências práticas? subentendendo que ele era o prático e o homem o puro.
Sei, respondeu o homem. Percebo o que queres dizer. Uma inteligência pura é uma inteligência prática com princípios.
[Inspirado numa conversa ouvida algures]
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