Era há muito óbvia a atracção entre os Espíritos, enquanto banqueiros do regime, e o poder protagonizado pelo governo Sócrates II. A evolução do caso Vivo começa agora a tornar óbvio o pendor fatal da atracção.
Por um lado Sócrates interpreta que o «interesse nacional» (ver a este respeito o post de ontem do Impertinente) levaria a PT a não vender a Vivo. Por outro lado, os accionistas entenderam que o «interesse nacional» seria vender para evitar uma OPA da Telefónica à PT que estaria em risco sem a venda da Vivo.
Por um lado Sócrates ordena aos accionistas «não violem a vontade do Estado», sendo o Estado protagonizado pelo governo e, portanto, por ele próprio (l’État c’est lui). No seu delírio luisiano, Sócrates acusa a Comissão Europeia pelas «posições ideológicas ultraliberais contra a presença do Estado» (*). Por outro, os Espíritos, via Ongoing, tentam entrar pelo seu pé na Oi, com a poderosa ajuda de José Dirceu, criador do «mensalão» e petista da maior confiança, colunista permanente do "Brasil Económico" da Ongoing cuja mulher é directora de marketing do grupo no Brasil.
Será o princípio do fim de um longo conúbio? Aproxima-se um divórcio litigioso? Estará no horizonte o namoro dos Espíritos com o homem que se pode seguir?
(*) A CE é ultraliberal e eu sou a Lola Montez.
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