Em Novembro do ano passado, Teixeira dos Santos hesitou entre apresentar o orçamento rectificativo – é assim que a coisa legalmente se chama, como «segunda proposta de Orçamento Suplementar para 2009 ou como uma primeira proposta de Orçamento Rectificativo» e acabou por inventar um neologismo: «orçamento redistributivo».
Já este ano chamou manutenção ao aumento dos impostos que resultará da redução das deduções e dos benefícios fiscais em sede de IRS. Não contente, a semana passada chamou «retrospectividade» à aplicação retroactiva a 1 de Janeiro da tributação das mais-valias, coisa contra os princípios mais elementares do direito.
Por estes contributos para o newspeak socrático merece o ministro um afonso pela ousadia, e cinco chateaubriands ou cinco ignóbeis, consoante a ousadia resulte da dificuldade de distinguir o newspeak da realidade ou do propósito deliberado de confundir ambos, respectivamente.
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