Vamos admitir que Avelino de Jesus tem razão e que os passageiros não chegam para pagar o TGV e que o projecto deveria por isso ser abandonado. E o efeito Lockheed TriStar? Terá sido considerado? Dito de outro modo, terá Jesus considerado que podemos sempre continuar a investir num projecto inviável para recuperar o investimento realizado?
Por exemplo, terá sido considerado que se os passageiros não pagam o TGV poderá sempre investir-se na produção de electricidade com o aproveitamento da deslocação do ar por micro-turbinas eólicas entaladas entre os carris? Terá sido considerada esta fonte energética? Segundo os inventores da coisa, um comboio ao passar por cada uma dessas micro-turbinas pode produzir 2,6KWh e podendo ser montadas 150 por cada km de carris isso perfaz 390KWh por km o que poderá valer a preços actuais uns 43€ por km e 30 mil euros por comboio numa viagem de Lisboa a Madrid. Falta só considerar o custo do investimento numas cem mil belas micro-turbinas e suportar o custo da sua manutenção que deverá incluir a reposição das roubadas pelos bandos de especialistas que actualmente trabalham nos condutores de cobre.
Em caso desesperado, falem com o senhor engenheiro Sócrates. Ele é homem para subverter o princípio da conservação da energia e conseguir mais output de electricidade do que o input.
Sem comentários:
Enviar um comentário