22/07/2009

CASE STUDY: é sempre possível continuar assim (2)

Para que não haja dúvida que é sempre possível continuar assim:

«Procurando equacionar as perspectivas de crescimento pós-crise a OCDE publicou recentemente previsões de crescimento para o período entre 2011 e 2017. Dos 30 países abrangidos, Portugal é o que apresenta o pior crescimento médio para aquele período: 1.5%, contra, por exemplo, 2.3% da zona euro, 2.7% de toda a OCDE, 3.3% da Espanha, 3.9% da Grécia, 2.8% da Irlanda e, até, 2.9% da Islândia! Ou seja, a OCDE confirma que, como previ em livro recente, Portugal está preso numa armadilha de duradouro empobrecimento relativo. Mesmo que a recuperação já seja sensível em 2011, o PIB português não deverá voltar a atingir o valor alcançado em 2007 (o mais elevado até agora) antes de 2014 (i.e. após sete anos de "seca" económica, e com os juros pagos ao exterior a crescer com o endividamento, o período de "seca" do rendimento nacional deve durar, pelo menos, mais um ano). Em cima disto, as previsões da OCDE só vêm confirmar que temos pela frente um duradouro, e grave, problema económico, com iniludíveis consequências sociais (vg persistência de desemprego nos dois dígitos).»

[O pós-crise, Vitor Bento no Diário Económico]

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