Secção Assaults of thoughts
Não é todos os dias que um presidente executivo dum banco diz o que disse Fernando Ulrich na conferência «A Crise Económica e Financeira: Que Saídas» promovida pela Ordem dos Economistas na passada 6.ª feira.
Pôs em dúvida a bondade do investimento público como panaceia para a crise, pôs o dedo na gangrena do endividamento externo, na insegurança crescente, no caos do licenciamento urbanístico e, last not least, confessou que «já agora gostava de saber o que se passou naquele processo de decisão» (do Freeport). É claro que temperou o vitríolo com alguma vaselina para amaciar os danos no ego do senhor primeiro-ministro. Não se gosta, mas percebe-se que um gestor não pode ser lunático, tem que tocar o negócio para frente num país de economia de mercado com direcção central (seja lá o que isto for, não é coisa boa).
Leva 4 afonsos e só não leva 5 porque na frase «um bom primeiro-ministro» disse a mais «um bom». Não carecia.
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