«Não, não me parece» respondeu o secretário de estado do Tesouro e Finanças à pergunta «os casos BCP e BPN justificam alteração da legislação da supervisão e reforço de recursos?» Certamente o secretário de estado estaria a pensar nos 1.700 funcionários do BdeP. Se pensasse nos 60 técnicos (3,5% do total de funcionários) dedicados à missão principal do BdeP - supervisão - já deveria ter despedido o governador por gestão negligente, mesmo sem as falhas grosseiras na supervisão.
Se o BdeP tinha os instrumentos legais e os meios para fazer uma supervisão eficaz, como foi possível passar ao lado, durante vários anos, das irregularidades e dos problemas do Millenium bcp e do BPN? O que espera o ministro anexo? Que mais esqueletos saiam dos outros armários?
ADENDA:
Constâncio terá dito ontem durante a audição no parlamento que «num sistema de livre iniciativa, de economia de mercado, há fraudes, há corrupção». Podemos concluir, do facto de se ter referido expressamente a uma economia de mercado, que Constâncio acredita que não há fraudes nas economias de direcção central?
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