[Continuação de (1) e (2)]
A semana passada o Conselho Nacional de Educação recomendava ao governo o fim das reprovações até aos 12 anos. Esta semana o mesmo Conselho recomenda que as universidade passem a escolher os alunos porque considera o sistema de admissão baseada na classificação dos exames nacionais pouco adequado «à avaliação da capacidade de ingresso no ensino superior».
Se com a primeira recomendação o CNE dá um passo para anular a historicamente reduzida mobilidade social em Portugal, ajudando a manter na choldra os filhos da choldra, com a segunda o CNE remata a obra, assegurando que as universidades só por distracção admitam um ou outro filho da choldra. Não está em causa que as universidade privadas devam poder escolher os seus alunos. É duvidoso que as públicas o devam fazer, sem critérios objectivos e verificáveis. O que está em causa é que a primeira medida é socialmente nociva e, em conjugação com a segunda, socialmente discriminatória.
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