Estória
Se me tivessem contado, não acreditaria. A detractora acidental RMR enviou-me há tempos uma «publicidade institucional a uma conferência que se realizou no fim de Abril, na Universidade de Granada, versando o título acima (Translation & social activism). A grande mentora da coisa é a sumidade Mona Baker, "professional translator, university teacher & social activist". A dona Mona tem tb uma Editora, a St. Jerome's (para o caso de não saber, é o santinho padroeiro dos tradutores) de onde, há tempos, despediu (primeiro pediu que eles se demitissem...) dois colaboradores por serem israelitas.»
Da bendita brochura extraio o primeiro parágrafo do Concept:
«As linguistic, cultural and national borders become increasingly blurred by corporate-led globalisation and the ravages of ‘perpetual’ war, non-mainstream institutions such as NGOs and social movements, as well as individual activists, are beginning to exploit the shift from national to transnational spheres of action to challenge mainstream ideologies that support patterns of injustice across the globe. The involvement and intervention of translators and interpreters on both sides of the power divide in this complex and volatile landscape is becoming a growing concern for the sociology and ethics of translation and interpreting.»
Moral
Tradutore, traditore.
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Tradução de causas
Uma tradução que se está borrifando para o texto e que desafia as ideologias dominantes que suportam a injustiça no mundo.
Se Armando Baptista-Bastos fosse tradutor, diria que a tradução de causas é sobretudo o porta-voz daqueles que não têm voz. É a tradução onde não há textos. Os textos correspondem à visão do mediador, do tradutor. É a tradução de indignação, que não é indolor e incolor e de revolta contra os que querem é capar-nos.
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