25/12/2006

NÓS VISTOS POR ELES: hoje não há conquilhas, amanhã não sabemos

O governo e o jornalismo de (certas) causas tratam os portugueses como atrasados mentais atormentados por um infantilismo que os inibe de encarar a realidade. Segundo esta visão, os aborígenes, esmagados pelo falhanço da convergência real, depois de muitos milhares de milhões de euros dos contribuintes europeus torrados ingloriamente, precisam desesperadamente de boas notícias que lhes dêem lustro ao ego e lhes injectem a auto-estima perdida depois de 6 aumentos das taxas de juros que elevaram a um nível estratosférico as prestações da casinha, do chaço e do écran de plasma.

Talvez o governo e o tal jornalismo tenham razão, mas entretanto é melhor ir procurar por outras bandas uma percepção desapaixonada e desinteressada do que se passa cá no burgo. Por exemplo a percepção de Portugal pelos investidores internacionais.

Fonte: Portuguese Attractiveness Survey 2006, Ernst & Young. A percepção de Portugal pelos investidores internacionais baseou-se em entrevistas telefónicas em Março de 2006 duma amostra de 105 executivos de empresas internacionais que incluiu os investidores estrangeiros mais significativos.

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