«... mas aqueles figos secos, com o interior avermelhado e repleto de minúsculas grainhas e, como se fosse pouco, abertos ao meio, com a noz a aparecer, são a minha paixão. Nesta espécie de sanduíche extra-seca e agridoce, encontro uma boa conjugação de sabores e de 'texturas': a noz estaladiça contrasta com uma certa esponjosidade do figo, apesar das grainhas crocantes. O figo começa por ser doce, mas acaba por ter um sabor ligeiramente acre e o mesmo se passa com a noz. Talvez a combinação feliz se deva a essa harmonia inesperada de sabores: a glicose do figo e da noz torna-se uma certa acidez, que precisa de algo mais doce para compensar e assim sucessivamente.» (Carla Hilária Quevedo, Sabores Natalícios, Cinco Sentidos, na Tabú do Sol)
É por essa, e por outras, que nunca digo Santo Natal.
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