Nem as asneiras que o governo fez durante meses na preparação da OPV da Galp Energia, nem as trapalhadas dos accionistas maioritários, nem as disputas de palco entre o chairman e o CEO me impressionaram - business as usual. Nem mesmo aqueles balões alaranjados idiotas da publicidade à OPV. Nada disso me levou a desistir de aplicar numa ordem de compra parte das minhas poupanças, duramente amealhadas na esperança de minoraram, se morrer cedo, o colapso anunciado da segurança social.
Nada disso me demoveu. Se anulei, precisamente no último dia (18), a ordem de compra não foi por nenhuma dessas razões. Decidi fazê-lo quando nessa manhã metia gasolina 95 octanas (um pormenor importante) num posto da Galp. Molhado até aos ossos pela chuva oblíqua empurrada pelo vento da A5 que passava por baixo daquela estúpida pala com uns 10 metros de altura, deitei contas à vida. Não vou torrar o meu aforro a comprar acções duma empresa que manda fazer uma pala destas, decidi.
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