27/06/2006

ESTÓRIAS E MORAL: de cada um segundo as suas possibilidades, a cada um segundo as suas necessidades

Estória n.º 1 - os sobrinhos arruinados

A dívida privada externa das famílias e empresas aumentou 5% em 2005, para 66% do PIB, 97 mil milhões de euros (DE). Dito de outro modo, as portuguesas e os portugueses são gente pródiga carecida dum tio rico que lhes pague as dívidas. Ao menos uma parte delas, acrescentariam chorosos os mais insolventes.

Estória n.º 2 - o tio rico
Warren Buffett, presidente da Berkshire Hathaway, um dos maiores grupos financeiros, é ele próprio um dos homens mais ricos do mundo, além dum espírito estimulante e original - leiam-se aqui as suas famosas cartas aos accionistas (*). WB acaba de anunciar que «he will be giving away most of his $44 billion fortune to five charities» (quem não acreditar que procure o link, que eu não estou prá aí virado). Já que está no giving away porque não? Direi mesmo mais, porque não?

Moral
It's only when the tide goes out that you can see who's swimming naked (Warren Buffet, lui-même)

(*)
Umas linhas da mais recente carta do sage of Omaha, que devia ser lida em voz alta pelo camarada doutor Anacleto numa reunião do comité central (eu sei, eu sei, eles têm vergonha de lhe chamar assim) do Bloco:
«Charlie (o vice) and I are extraordinarily lucky. We were born in America; had terrific parents who saw that we got good educations; have enjoyed wonderful families and great health; and came equipped with a “business” gene that allows us to prosper in a manner hugely disproportionate to other people who contribute as much or more to our society’s well-being. Moreover, we have long had jobs that we love, in which we are helped every day in countless ways by talented and cheerful associates. No wonder we tapdance to work. But nothing is more fun for us than getting together with our shareholder-partners at Berkshire’s annual meeting. So join us on May 6th at the Qwest for our annual Woodstock for Capitalists.
We’ll see you there.
»

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