Roçando o demagógico e fazendo uma tangente ao populismo, sempre vos digo que um juiz desembargador que acaba de ser premiado com uma pensão de 5.500 euros, correspondente a 90% do seu último salário, para a qual contribui (alguns anos) com uns míseros 10%, irá precisar nos próximos 25 anos de esperança de vida que quarenta e tal sujeitos passivos ganhando o salário mínimo trabalhem para lhe pagar a pensão contribuindo, directamente e indirectamente, com cerca de 1/3 dos seus salários.
Em contrapartida, o mano do juiz, com uma carreira contributiva no regime geral pagando directa e indirectamente 1/3 dos seus salários, que se reformou com o mesmo salário final, fica muito mais baratinho. Para pagar a sua pensão que é metade da do mano, só precisa de vinte e poucos sujeitos passivos.
Os quase 70 sujeitos passivos que vão ter que trabalhar os próximos 25 anos para pagar a reforma dos manos, não fazem a menor ideia do que os espera no final dos 30, 40 ou 50 anos quando chegar a sua vez de receber o óbolo previdencial.
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