Tal como não vou a correr comprar os tintos que os enólogos da treta recomendam nas revistas dos consultórios, também não vou correr para comprar uns CDs porque uns críticos fizerem uma review simpática (ou antipática).
Correr a comprar bebidas alcóolicas ou música obedece às mesmas leis. Quem tem pressa compra cerveja. Vinho carece de maior vagar. A maior parte não resiste a um ou dois anos. Porquê a pressa? Com a música é a mesma coisa.
É preciso passar o teste dos anos. Quando foi editado em Setembro de 2004, In praise of dreams, um novo Garbarek, após 6 anos de silêncio, houve quem dissesse bem e quem dissesse mal. Esperei este tempo para o degustar. Olhem, não desgostei. Estranha-se primeiro e entranha-se depois. Tem tanto suingue como o Peer Gynt de Edvard Grieg, mas o que interessa o suingue, afinal?
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