06/05/2006

AVALIAÇÃO CONTÍNUA: a fadiga do excelso

Secção Tiros nos pés

«E já que escrevo sobre o passado, escrevo também sobre o futuro, arriscando um prognóstico. Tal como no passado ele traiu o doutor Soares, aliando-se com ele para chegar ao governo e dele saindo para o fazer cair, o professor Freitas irá trair no futuro o engenheiro Sócrates, mesmo que este aceite pagar o preço de o deixar preparar um futuro radioso à medida da sua vaidade. Está na sua natureza.»

O parágrafo anterior foi escrito num post há mais de um ano. As sucessivas trapalhadas do professor Freitas, acolitado pelo seu spin doctor Carneiro Jacinto, parte das quais aparentemente acidentais, não evidenciam traições e o aparente acerto das previsões impertinentes mas, pelo contrário, mostram professorais despautérios e, consequentemente, o desacerto das previsões impertinentes.

O professor Freitas em 20 anos perdeu qualidades e tornou-se um duplo gauchiste. Gauchiste pelo lado da cartilha esquerdista e gauchiste pela falta de jeito com que tem lidado com as cretinices dos mídia e pelas sucessivas asneiras que tem feito e as múltiplas encrencas em que vem enfiando as suas polainas.

A última delas é particularmente ridícula porque o excelso zurze injustamente, negando o cansaço de estar no governo e transferindo-o para o cansaço que lhe tem provocado "as constantes tropelias do ‘Expresso’", na semana seguinte ao pasquim lhe ter dedicado uma página inteira.

Por tudo isso, ofereço ao professor Freitas a minha piedade e três chateaubriands para juntar aos muitos outros prémios que nos últimos anos lhe tenho dedicado.

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