«É difícil fazer desaparecer o eucalipto, porque arde e no ano seguinte já rebenta outro. O pinheiro, depois de cada ciclo de fogo, reaparece, embora mais débil. Por outro lado, temos a ignorância nacional. Podem comprar os aviões, dar desculpas, mobilizar as populações, mas enquanto não se fizer o ordenamento florestal, não conseguem nada.
No Instituto Nacional de Investigação Agrária estão 600 cidadãos, pagos como professores universitários, a estudar o nascer e o pôr do sol, quando deviam estar a fazer o melhoramento das espécies. Por exemplo, o castanheiro tem a doença da tinta, a França já conseguiu resolver o problema, se não somos capazes vamos aprender. Os nossos carvalhos da Serra de Monchique são únicos e não são tratados. Há uma senhora isolada no politécnico de Bragança a estudar as espécies e agora foram buscar para subdirector da Direcção-Geral das Florestas a única senhora que estudava os carvalhos na universidade em Vila Real.»
(Entrevista de António Campos ao
JN de 27-06, via
Blasfémias)
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