26/03/2005

ARTIGO DEFUNTO: o benefício da dúvida e o prejuízo da certeza

Um observador minimamente neutro (ou honesto) pode todos os dias constatar o enviesamento esquerdizante dos média. O bombo de festa em que foi transformado o doutor Lopes, à custa da sua falta de jeito e incompetência, em contraste com o «colo» que foi dado aos governos de Guterres que alimentaram a fornalha de Moloch, e em contraste com o tom reverencial com que a tribo jornalista fala do governo do engenheiro Sócrates, é disso uma demonstração.

Valem os silêncios, como a falta de referência, salvo de O Independente, a respeito do tribalismo socialista.

Valem as palavras, como no exemplo, referido por Zé Diogo Quintela em O Independente, do acolhimento dado ao facto do secretário de estado do Turismo do governo em exercício ser filho do presidente do grupo turístico madeirense Porto Bay, facto que a SIC Notícias apresentou como muito positivo (o rapaz ouviu falar de turismo desde o berço), em contraste com o ataque descabelado à falta de independência ambientalista do doutor Nobre Guedes, ministro do Ambiente do governo do doutor Lopes, pelo facto de ser advogado de empresas do sector.

A coisa é tão notória que tem implícito, quase explícito, um insulto à inteligência, demonstrativo da pouca consideração que os jornalistas nutrem pelos clientes.

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