SERVIÇO PÚBLICO: «O que pode acontecer ao PS é trágico»
«Sala Roma do Hotel Altis. 19 de Janeiro de 2005, 21:45 h. Novas Fronteiras - Cultura.
Dirigi-me para o cantinho onde estavam vários directores gerais e assessores culturais que pareciam divertidos. Ouvimos com atenção o painel que defendeu a impulsão do investimento na Cultura, com o argumento de que a Cultura é "produtora de riqueza", que se deve estruturar, proteger, manter ou mesmo aumentar o financiamento do Estado à actividade cultural...
Saí, em silencioso protesto, depois da loooonga e narcísica intervenção do ex-ministro da cultura mais famoso do PS, que defendeu, mais uma vez e cegamente, o modelo francês para lidar com as artes, modelo que, como toda a gente sabe, só se aplica à França porque que esta se julga herdeira e depósito da cultura universal (embora as melhores bibliotecas e museus do mundo estejam na América e sejam quase todos privados).
O que pode acontecer ao PS é trágico: só ser aconselhado culturalmente pelo próprio Estado, nos seus vários planos opressivos: debordianos, adornianos, deleuzianos, etc., e não por uma juventude "cool" * (bastava "semi-cool") ou cenas com onda.» [ler o resto do texto de Pedro Estilita aqui]
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