Estória n.º 1
Martha Stewart - uma conhecida e arrogante guru nova-iorquina da moda e do lifestyle, CEO da Martha Stewart Living Omnimedia - choramingava, 4ª feira passada, numa conferência de imprensa, pedindo a antecipação da pena de prisão de 5 meses a que foi condenada por obstrução à justiça e por ter mentido acerca da venda da sua participação na ImClone Systems.
Estória n.º 2
No mesmo dia em que Martha Stewart choramingava, Frank Quattrone - um conhecido, e ainda mais arrogante, director do Credit Suisse First Boston, que liderou durante a década de 90 várias das mais mediáticas initial public offers (IPOs) das tecnologias de informação, cavalgando a onda de «euforia irracional» (Grandpa Greenspan dixit) dos mercados de capitais - foi condenado a 18 meses de prisão por motivos semelhantes: interferência na investigação federal sobre rateio de acções nessas IPOs.
Estória n.º 3
Em Julho do ano passado o empresário Miguel Sousa Cintra - filho do demasiado conhecido Sousa Cintra - foi condenado, com pena suspensa, pelo crime de inside trading, a 120 dias de multa à taxa diária de 295 euros, e à entrega de 499 mil euros a distribuir por instituições humanitárias. Meio milhão de euros foi o custo das mais-valias de 4 milhões de euros que realizou com a operação.
Estória n.º 4
Em Janeiro deste ano Carlos Magalhães Pinto - ex-administrador da Mota & Ca. - foi condenado a pagar 63 mil euros pelo crime de inside trading na Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Engil. A operação rendeu-lhe 139 mil euros de mais-valias.
Moral
As leis em Portugal são duras, mas a prática é mole - Filipe II de Espanha (I de Portugal).
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