O Diário de Bordo dedicado às inquisições politicamente correctas suscitou alguns comentários velhacos.
A minha amiga (não sei se ainda posso chamá-la assim) doutora Ana, psicóloga clínica de profissão e socióloga nas horas vagas, há meses não dava sinais de vida, desde as polémicas com a falecida doutora Amélia do Procuro Marido, entretanto casada e consultora. Deu agora. Numa mensagem faz várias especulações teoréticas, que não entendi, concluindo: «quando mais velho pior - você não tem cura». Isto entendi e concordo.
Um transexual (deduzo), que assina Aurora, insulta-me de várias maneiras e termina apelidando-me de «sexo-fachista». Para ser honesto, fiquei com inveja de não ter sido eu a inventar esta.
Um outro detractor vulgaris, possivelmente um jurista, que assina QED, conclui que o Impertinências devia ser extraditado para a Suécia.
Com o meu ego um bocado amolgado, fui procurar consolo na patroa, doutora Laura. Que não senhor, que «lambidela não precisa de consentimento». Que «esses seres são esquisitos, complicados e mal-amados». Que «quanto mais velho, melhor estás», concluiu, convincente (eu pelo menos achei), para arrumar o assunto.
Se o Daniel Goleman quisesse dar um só exemplo de extraordinária inteligência emocional, bastaria citar a minha patroa. Não por acaso, precisei de 38 anos e várias tentativas falhadas para encontrar uma assim.
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