Estória
Era fatal. As comemorações dão nisto. As do 25 de Abril, cada vez mais transformadas em jornadas de visita aos cemitérios da história, serão sempre uma oportunidade para tentar pôr e tirar figurões da fotografia – exercício magistralmente executado pelo estalinismo, que é um dos «ismos» ainda presente nos gerontes que demandam essas comemorações.
Desta vez coube a sorte à doutora Isabel do Carmo, ex-bombista do PRP, que o presidente doutor Sampaio quis meter na foto com comenda ao peito e que os queques de direita da direcção do CDS quiseram tirar.
Ora em boa verdade nenhum deles merece lá figurar por direito próprio. A primeira porque se esqueceu da democracia durante os 8 anos em que andou a amadrinhar umas bombas, uns assaltos e umas execuções, fora do prazo de validade. Os segundos porque só se lembraram da democracia quando era impossível esquecê-la.
Moral
Há figurões que não deviam estar na foto e há figurões que deviam guardar silêncio.
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