O doutor Durão Barroso foi na sexta-feira anunciar ao parlamento, durante o debate mensal, «novas fases de privatização da EDP, da Rede Eléctrica Nacional e da Galp e a alienação do capital estatal na Companhia das Lezírias, nas OGMA e no novo operador eléctrico do mercado ibérico» (ver aqui).
Bem pode o governo privatizar para compensar as 8 novas empresas públicas que, entretanto, criou, sem contar com os 31 hospitais SA.
Na semana anterior o Tribunal de Contas tinha divulgado o seu relatório de auditoria ao Sector Empresarial do Estado para 1999/2001, com 2 anos de atraso, note-se, en passant. O relatório citado na imprensa mostra números alucinantes:
+ Aumento do passivo total de 11,9 para 14,7 mil milhões de euros
+ 500 milhões de euros de «indemnizações compensatórias» (leia-se subsídios)
+ 1,6 mil milhões de euros de dotações de capital (leia-se subsídios)
Entre as novas empresas públicas inclui-se uma estranha criatura: CASO – Centro de Abate de Suínos do Oeste. Era uma empresa privada e sofreu esta nacionalização extemporânea, por razões possivelmente inconfessáveis de defesa nacional (pelo menos um «especialista» em questões de defesa nacional poderá ter intercedido como lobbyist) .
Não se percebe porque a esquerdalhada ataca o governo.
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