03/11/2003

Estórias e morais: fazer pela vidinha.

Estória
Mesmo quem não sabe como funciona a compra de influências ou a venda de consciências de jornalistas, basta estar atento ao ler os jornais para adivinhar as encomendas.
Esta prática é bastante mais frequente do que parece e comporta várias estratégias, umas mais hardcore, outras menos. Umas sem intermediação, outras com intermediação dos ateliers de imagem.
Os produtos a promover são de todas as classes, incluindo a corporate image que é mais nobre e mais rentável, até aos produtos de mercearia, passando pela imagem dos gestores de sucesso, sem esquecer os produtos culturais e de entretenimento, que são aqueles que inspiraram ao Impertinente esta reflexão, quando lhe escorregarem as vistas pelo apêndice n.º 498, chamado Actual, da edição 1618 do semanário do saco de plástico mais pesado do mercado.
Lá (pág. 29 in fine) se inclui uma mal disfarçada promoção aos DVD do Indiana Jones, um daqueles objectos cativantes que o próximo Natal vai pôr em muitas das nossas casas, nas palavras do crítico JLR.
Moral (popular)
Com arte e engano vivo metade do ano, e com engano e arte, a outra parte.

Sem comentários:

Enviar um comentário