Advertência prévia: por óbvia falta de competência, o Impertinente não faz crítica de letras e artes. Só fala da vida em geral, que é uma disciplina onde tem vasto curriculum.
Vem isto a propósito, da confirmação por via experimental que o exercício de mergulho em apneia, praticado regularmente nas fossas abissais do Abrupto, em busca de pérolas, por vezes não é um exercício vão.
No mergulho de hoje, encontrei um link ao Aviz, acerca do tema favorito do Dr. Pacheco Pereira – ele próprio. Por sua vez o Aviz tinha um retro-link que remetia para o Abrupto, fechando assim o circuito.
Umas linhas do Aviz mais abaixo, estava escondida a pérola, num link ao blogue Desejo Casar, de Ricardo Esteves Correia, onde saboreei o relato António Lobo Antunes on tour, que conta a performance deste escritor na apresentação em Colónia do Que farei quando tudo arde? É um texto imperdível que, se o perderem, para mim estarão perdidos.
A actuação de Lobo Antunes na apresentação em Colónia ainda é mais extraordinária do que o relato, sendo este, em si mesmo, extraordinário.
E o que mostra esta actuação? Um escritor à séria, autêntico, com as suas manias, borrifando-se para a obsessão mediática que devora os escribas da socialite.
Trinta e três anos antes, no meio dum pelotão de cadetes da EPI em Mafra, composto por ele próprio, mais quatro dezenas de mancebos brutos e o Impertinente, todos ensebados pela falta crónica de água, quem diria havia de sair daquele invólucro jovem e frágil este animal da escrita.
Dois afonsos para o Desejo Casar (pelo relato, se ainda não casou é porque o mulherio anda muito distraído).
Cinco afonsos para o António Lobo Antunes.
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