Pela resposta da Doutora Amélia ao meu Teorema da conspiração de ontem, percebe-se que a coisa lhe passou ao lado. Não que a alma impertinente, se O Impertinente tiver tal adereço, não sinta essa atracção inicial. Mas falar de mórbida dependência em relação à sua pessoa é um pouco exagerado.
É claro que O Impertinente nunca confundiria a Doutora Amélia com o desregramento hormonal da Dr.ª Ana Gomes, nem com os bigodes do Dr. Ferro, ou outros apetrechos ou personagens.
O que O Impertinente confundiu, como o Thomas do Blow up, foram as faceiras do casal naquele foto fatal. Porém, a confusão não resistiu a uma nova ampliação, donde parece concluir-se que os protagonistas de ternurenta cena íntima se calhar são mesmo a sua amiga Dona Milu e o administrador Doutor Não Sei Das Quantas, e não do outro casal.
Sendo assim, não se prova que a Doutora Amélia tenha a ver com o caso, mas fica por explicar qual o papel do Dr. Ferro na sua distraída imolação às mãos da Dr.ª Ana.
Esta inabitual falta de perspicácia da Doutora Amélia, só é desculpável pela sua ousadia ao desafiar, logo a seguir, as megeras suas rivais, e pela criação da personagem Armando.
A falta de perspicácia merece dois chateaubriands, ao abrigo da Secção Tiros nos pés.
À ousadia desafiante, O Impertinente atribui dois afonsos na Secção Assaults of thoughts. Ficam mais dois ou três de reserva, para lhe atribuir, caso a Doutora Amélia aguente o duelo com uma megera rival, das tesas. Se não for assim, os afonsos residuais serão doados à megera vencedora.
Pela criação do Armando, dou-lhe três afonsos e um ignóbil, todos debaixo da Secção Still crazy after all these years. Os afonsos não precisam de explicação. O ignóbil deve-se à prática condenável e repetida de bater nos abrunhos, mesmo de ficção.
P.S. Lá estarei no Royal Maxime, um dos meus locais favoritos, de rosa vermelha na lapela dum baby-grow amarelo da Cenoura.
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