O último Semanário de Bordo
Com esta última edição encerra-se este semanário dedicado a cronicar os feitos do Dr. Costa no seu caminho que ele diz ser para o socialismo, e na verdade é para um capitalismo periférico, estatista e não competitivo, servido por um Estado sucial parasitário dependente do óbolo de Bruxelas e ocupado por apparatchiks que disputam tenças. Reúne o pior dos dois mundos: o pior do socialismo e o pior do capitalismo.
«Boas políticas», disse ele
O ministro das Finanças Dr. Medina felicitou-se pelo excedente orçamental que «resulta de boas políticas». Por boas políticas quer ele significar, entre outras coisas, como a inflação e o aumento da carga fiscal, uma execução do investimento orçamentado em 2023 de 74% no total, de 43% na saúde e de 28% na educação, seguindo, uma vez mais, a regra da autoestrada mexicana do investimento público, sempre com grande sucesso na imprensa amiga a engolir há 8 anos a mesma patranha.
O “excedente” que é um défice e os “cofres cheios” que estão vazios
Não faltam indicadores para medir o grau de indigência mental e de falta de profissionalismo do jornalismo doméstico e da comentadoria do regime. Para simplificar poderíamos reduzi-los a um único – as notícias e os comentários sobre “excedente” do Dr. Medina e os “cofres cheios” que o governo deixa para o seu sucessor – esta é tudo menos inocente.
Quanto aos “cofres cheios”, notemos em primeiro lugar como termo de comparação que o excedente de 3,2 mil milhões é por coincidência comparável ao valor dos fundos enterrados pelo governo na TAP. Reparemos em segundo lugar que o excedente de 3,2 mil milhões só existiu em consequência do excedente de 5,5 mil milhões da Segurança Social, que não é excedente nenhum porque terá de ser afectado às reservas para garantir a sustentabilidade a longo prazo. Na verdade, sem a Segurança Social as contas da administração pública apresentaram défices: 2.329 milhões de euros na administração central e de 147,8 milhões na administração local.
Como quer que seja, o excedente de 2023 é passado e nos dois primeiros meses deste ano o saldo das contas públicas que em 2023 era de 1,2 mil milhões este ano caiu para de 292 milhões
Obra socialista
Num país com uma das mais baixas taxas de fecundidade da UE e governos que enchem a boca com políticas sociais, a situação em relação às licenças parentais, um incentivo à natalidade, é bastante má sobretudo em relação às mães que em Portugal têm a segunda mais elevada taxa de emprego.
O Semanário de Bordo, e as crónicas que o antecederam, são, na minha opinião, os melhores textos que este blogue tem para oferecer. Fica desde já o desafio para um novo capítulo, dedicado ao governo que se segue.
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