Continuação de (1)
WSJ |
Sem surpresa, Donald Trump ganhou folgadamente as primárias do Partido Republicano no Iowa. Alguns dados complementares para contextualizar os resultados: só 15% dos republicanos registados votaram (devido ao frio extremo); os 56 mil eleitores republicanos que votaram Trump representam menos de 6% dos 898 mil que votaram em Trump nas eleições presidenciais de 2020; de acordo com as projecções de MSNBC, Trump teve 65% dos votos dos eleitores sem formação universitária e apenas 35% dos com formação, contra 33% de Haley e 23% de DeSantis; no mesmo sentido, a vantagem de Trump foi muito menor nos círculos eleitorais urbanos.
O grande trunfo de Trump (trocadilho acidental) são as classes operária e rural abandonadas pelo Partido Democrata e irritadas com o bullshit esquerdista radical (ver a série de posts «How the Radical Left Conquered Almost Everything for a Time») a que os democratas e Biden deram colo. Ruy Teixeira, um cientista político de origem portuguesa, dizia recentemente num debate publicado por The Free Press:
«Na verdade, era muito claro que, em muitos estados-chave, não haveria forma de os Democratas sustentarem o que na altura chamávamos “a coligação centrista progressista”, a menos que fossem capazes de manter a lealdade destes eleitores. Em 2016, com a vitória de Trump apoiada nas costas dos eleitores brancos da classe trabalhadora, especialmente no Centro-Oeste, ficou muito claro que os Democratas não foram capazes de manter o tipo de parcela do voto da classe trabalhadora branca de que necessitavam para tornar a situação política mais favorável. a aritmética de uma América em mudança funciona a seu favor. Mas, como vimos depois de 2016, os Democratas resumiram a sua perda como sendo relacionada com as partes reaccionárias da América – os racistas, os xenófobos, os deixados para trás – e não parecia ter muito a ver, na sua opinião, com questões de economia. Era tudo uma questão de como eles não estavam alinhados com aa América multicultural e multirracial que está surgindo, e isso é tudo. Então, eles pensaram, por que se preocupar com essas pessoas? São “deploráveis”, como disse Hillary Clinton.»
Foi o que se viu em 2020 e vamos ver o que se verá em 2024.
«Trump teve 65% dos votos dos eleitores sem formação universitária e apenas 35% dos com formação, contra 33% de Haley e 23% de DeSantis; no mesmo sentido, a vantagem de Trump foi muito menor nos círculos eleitorais urbanos.»
ResponderEliminar35% ainda é maior que 33% e do que 23%. Ou seja, o Trump venceu mesmo entre o pessoal com mais "formação". Ui, como isto deve doer aos liberais!... Ahahahahahahaha
Transtorno obsessivo-compulsivo.
ResponderEliminarA América vista por europeus...
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar«Transtorno obsessivo-compulsivo.»
ResponderEliminarConcordo. O (Im)Pertinente está completamente obcecado com Trump! :P