17/11/2023

O ruído do silêncio da gente honrada no PS é ensurdecedor (205) - Começo a suspeitar que esse silêncio se deve à escassez de gente honrada


«Qualquer outro partido que fizesse metade, um terço destas patifarias e trapalhices, já teria sido engolido vivo. O Partido Socialista, o seu corpus e a sua ideologia esparsa e difusa, tanto é de esquerda como de centro como não é nada a não ser a favor da sobrevivência política e pessoal, possui uma resistência aos escândalos e desaires que os outros partidos não têm. António Costa é o perfeito exemplar deste estado de coisas. Passos Coelho foi crucificado por muito menos. O PS sobreviveu ao escândalo da Casa Pia, a única vez que correu perigo sério e em que atiraram a matar para destruir o partido e seus dirigentes, sobreviveu à demissão de Guterres, e fuga, sobreviveu ao escândalo de Sócrates, único na história de democracia portuguesa, sobreviveu aos erros e horrores da pandemia (que não foi o sucesso imputado a Costa, que a certa altura estava mais interessado em trazer para Portugal um campeonato de futebol do que no confinamento, chamando a isto um “prémio” aos médicos e trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde — a mais asinina frase da democracia portuguesa) e sobreviveu aos escândalos deste Governo. Pedrógão, Tancos, negócios corruptos da Defesa, o transfronteiriço de outro nomeado de Costa com cadáveres no armário, e as guerras com os professores e os médicos. Fora o resto. A pouco e pouco, por inércia, incompetência e arrogância do Governo, vimos esboroarem-se o SNS e a educação pública.

Ora nada disto faz parar o PS para pensar. O PS julga-se o único partido competente e inteligente para governar a pátria, e acha-se o destinatário de um direito divino. O PS comporta-se como uma monarquia, com famílias reais, uma aristocracia que não renuncia aos privilégios, uma corte de serventes e serviçais, e direitos dinásticos. O mote real é “Habituem-se!”. A insígnia é “contra tudo e contra todos”.

São socialistas e basta, o título sugere uma supremacia moral. Este PS não aceita pactos de regime, usa a direita ou a esquerda conforme lhe convém para se manter à tona. E acha-se a única garantia contra o Chega e a ameaça corporizada em André Ventura. Na verdade, usa Ventura como o papão da democracia, tal como usara Passos Coelho como o papão da austeridade e da justiça social.

Com o mestre da sobrevivência António Costa, todas estas características se acentuaram, agravadas pelo facto de o pessoal político se ter desqualificado. A aristocracia dos tempos da fundação era agora um corpo de videirinhos e trepadores sociais, com raras exceções. A prova disto é que em Portugal a única coisa que se discute é dinheiro, ou a falta dele.»

Um fraco rei, Clara Ferreira Alves

4 comentários:

  1. Aqui o ti zog incontinente senilico pre coice agora recorre com frequencia a textozecos de opinião caca rá caca de camafeus zog tipo metoo; assédio,misogenia,etc...são estas criaturas com converseta da treta a alternativa ao partido do monhas...ai ai...assédio...como ela é boazona...e interessante...
    Passos coelho...o que é isso...marca de mandioca enlatada em promoção de alguma nova empresa da belita dos santos?
    50 anos a encher morcelas?claro que não,sempre foi e será assim,é congénito!
    Long live Palestina!
    Basilio el xuxalhote

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  2. O vosso blogue não é grande espingarda e, para piorar as coisas. atrai comentários idiotas como o deste grunho basílio. Se apagassem estas manifestações de défice mental só por isso a coisa melhoraria. Aqui fica a sugestão.

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  3. Não é a Quadrilha em si , reles, ignorante , incompetente e voraz . é o "bom povo" que a aceita, vota ...e aspira a fazer parte da mesma .

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  4. "em Portugal a única coisa que se discute é dinheiro, ou a falta dele", a economia é o pilar principal de um estado, tudo o resto é ..............

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