09/11/2023

DIÁRIO DE BORDO: Uma demissão que parece uma fuga, como a do seu antecessor e patrono


O Dr. Costa saiu primeiro-ministro de umas eleições que perdeu, aliou-se a partidos não democráticos montado numa geringonça, governou mal durante quase oito anos, foi complacente com a corrupção e a incompetência dos membros do seu governo, para dizer o menos, ou foi cúmplice para dizer o mais. Não fez uma única reforma, adoptou políticas públicas que acentuaram a dependência económica e política do país face a Bruxelas e a dependência dos cidadãos face ao Estado sucial, políticas desastrosas que desacreditaram o sistema público de ensino e o tornaram inútil como instrumento de mobilidade social e transformaram o SNS num sistema de saúde ineficaz, ineficiente e caro a que só pobres recorrem por falta de alternativa. Como se não bastasse, essas políticas comprometeram a convergência económica com a UE, cujos países mais pobres nos ultrapassaram ou estão em vias de conseguir.

Qualquer uma destas falhas, chamemos-lhe assim, seria razão suficiente para se ter demitido. Fazê-lo agora a pretexto de um inquérito parece, mais do que qualquer outra coisa, uma fuga do "pântano", como a do seu patrono Eng. Guterres, com o qual disputará o lugar do pior primeiro-ministro desde Dona Maria II.

1 comentário:

  1. Óptimo descritivo da origem verdadeira da demissão!
    Que não foi efectuada pela ficção apontada pelo Habilidoso enganador!

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