27/09/2023

Onde vai o áctivismo anti-rácista extorquir 70 dívidas públicas para indemnizar as vítimas da escravatura portuguesa?

O historiador João Pedro Marques (JPM) vem alertando há quase dez anos para os delírios do áctivismo anti-rácista a respeito da indemnização às vítimas da escravatura pelos países que a praticaram, ou, mais exactamente, pelos países de influência cristã, já que os países islâmicos e africanos que praticaram a escravatura durante muitos séculos para estes áctivistas estão isentos dessa obrigação. 

No artigo mais recente «A conta já chegou. São 20 biliões de dólares», JPM cita o Report on Reparations for Transatlantic Chattel Slavery in the Americas and the Caribbean do Brattle Group que se propôs estimar os montantes que alguns países esclavagistas deveriam pagar a esse título. 

Report on Reparations for Transatlantic Chattel Slavery in the Americas and the Caribbean

O quadro acima extraído daquele relatório mostra os montantes devidos por cada país capitalizados à taxa de 2,5%. No caso português, o terceiro maior montante a seguir aos Estados Unidos e ao Reino Unido, o montante de USD 20,582 biliões no sistema longo que usamos em Portugal, equivale em contas redondas 70 vezes a dívida pública ou 80 vezes o PIB.

A nossa única esperança é criarmos um comité para calcular as indemnizações que os habitantes do Portugal dos Pequeninos poderão exigir aos romanos e à multidão de bárbaros que os expulsaram, aos árabes, aos espanhóis e aos franceses que sucessivamente invadiram o nosso torrãozinho natal.

5 comentários:

  1. Eis o objectivo supremo do anti-rácismo: extorquir os países da Europa Ocidental.

    Relembrar que o Marselfie, no seu último discurso na AR por ocasião das comemorações do dia da Grande Tragédia Abrilina, aquelas em que o Lula também discursou, pediu desculpa pelo nosso passado colonialista e pela escravatura, dizendo:

    «(...) seria também possível, a propósito de toda a colonização e toda a descolonização e assumirmos plenamente a responsabilidade por aquilo que fizemos.

    Não é apenas pedir desculpa – devida, sem dúvida – por aquilo que fizemos porque pedir desculpa é às vezes o que há de mais fácil, pede-se desculpa, vira-se as costas, e está cumprida a função. Não, é o assumir a responsabilidade para o futuro daquilo que de bom e de mau fizemos no passado"»

    Aqui fica o link correspondente, para quem já não se lembrar:

    https://cnnportugal.iol.pt/marcelo-rebelo-de-sousa/presidente-da-republica/portugal-deve-desculpa-e-responsabilizacao-plena-pela-colonizacao-diz-marcelo/20230425/6447cefcd34ed4d514fadd07

    Tudo isto para dizer que os "nossos" dirigentes políticos nos andam a pôr a jeito. E relembrar que pagamos sempre pelas políticas de quem elegemos, mesmo (ou, se calhar, sobretudo) quando nem sequer vamos às urnas.

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  2. Transmito com a minha habitual e tranquila serenidade que são mais umas mariquices — evitando a palavra clássica nos dicionários de paneleirices.
    Abraço

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  3. Isto pode parecer um disparate, agora, mas daqui a 20 ou 30 anos está a bater-nos à porta.
    Chama-se "Janela de Overton" e a história dos últimos 80 anos está cheia de exemplos deste tipo.

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  4. O Espartano,

    Nem é preciso esperar tanto, na Califórnia já se está a discutir o assunto seriamente. Foi criada uma task force para "estudar" o assunto e há quem fale em repartir 600 mil milhões de dólares do erário público pelos cidadão negros "elegíveis":

    https://edition.cnn.com/2021/11/11/politics/reparations-movement-race-deconstructed-newsletter/index.html

    O nosso problema, infelizmente, é que poucos estão a levar esta gente a sério. Tal como não levaram a sério os marxistas no séc. XX, com os resultados absolutamente desastrosos que hoje conhecemos. Só que subestimar os nossos adversários políticos só revela a nossa própria imaturidade política.

    O Prof. João Pedro Marques, que é um dos poucos intelectuais a sério que ainda temos na nossa Academia (embora já esteja reformado), já compreendeu o enorme perigo qu se avizinha. O (Im)Pertinente, para minha relativa surpresa, também. Outros, infelizmente, só compreenderão quando estas "mariquices" lhes forem ao bolso.

    Entretanto, esta semana surgiu outro dado muito "curioso" nos EUA: em 2021, foram criados 323 094 novos empregos nas empresas listadas no S&P 100 (índice das 100 maiores empresas dos EUA). Uns assombrosos 94% desses empregos foram dados a "pessoas de cor", i.e. africanos, centro e sul-americanos e asiáticos. Apenas 20 524 empregos foram para pessoas brancas.

    Quem é o diz é a insuspeita Bloomberg, que não é propriamente de "extrema-direita":

    https://www.bloomberg.com/graphics/2023-black-lives-matter-equal-opportunity-corporate-diversity/

    Os tempos não estão para brincadeiras. Subestimar a força e o alcance destas "mariquices" pode muito bem custar-nos muito caro.

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  5. "Pulhiticamente" incorrectíssimo : façam o favor de equacionarr tudo isto com a "guerra" na Ucrânia...
    "Disclaimer" ( como se diz agora , quando a velha e honrada "ressalva" cumpria perfeitamente...) : esta modestíssima opinião é de alguém que sempre foi ( e justamente...) anti-comunista primário, secundário e universitário, como dizia o outro...

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