21/09/2023

Muito mais é o que os une. Que aquilo que os separa. Do Paulinho das feiras ao Rochinha das feiras


«Nove e meia da manhã. A humidade da chuvada da última hora ainda se sente. Chão molhado, borrifos que ainda pingam das árvores à entrada do mercado, no lado direito, e alguma gente, não muita, de chapéu de chuva na mão. Cheira a frango assado.

Logo ao lado do lugar por onde a comitiva da Iniciativa Liberal entraria dali a meia-hora já há quem esteja na linguiça assada, na carne de vinho e alhos, na "melhor sidra da Madeira", na poncha e nos amendoins.» (DN)

Por muito que um democrata-cristão tenha um programa diferente de um liberal, ambos e ainda os centristas, socialistas, comunistas, esquerdistas and all that jazz querem os votos do povo e o povo gosta de feiras, pelo menos o povo que vai às feiras. Por isso há que trincar a sandes de paio, o pastel de bacalhau ou a linguiça assada e beberricar um tinto, jeropiga ou sidra da Madeira. Se não servir para nada, como provavelmente acontece no caso dos liberais que será mais fácil cruzarem-se com um lince da Serra da Malcata do que com um feirante liberal, pelo menos serve para "experienciar" a gastronomia e os costumes regionais.

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