30/09/2023

How cynical leaders are whipping up nationalism to win and abuse power

«(...) The main drawback of paranoid nationalism is obvious. It is terrible for its targets, whether they be immigrants in Tunisia or Ukrainians whose land has been sown with mines. Neighbours of paranoid nationalist regimes have cause to be nervous, as anywhere that shares a border with Russia or China can attest.

The other big drawback is less well understood: politics based on bigotry opens the door to misrule and corruption. As Mr Putin has ratcheted up nationalist propaganda over the past two decades, his cronies have been plundering Russia. And though he is surely the most extreme example, he is far from alone. In fact, there is a clear statistical correlation between nationalism and corruption. (...)

Appeals to nationalism are effective because they are simple to understand, and far more emotive than any bread-and-butter policy proposal. “Vote for me and I’ll make incremental improvements to schools” is a fine platform but a dull slogan. “The tribe next door are attacking us!” is an electrifying one.

The enemy can take many forms. It could be immigrants, as in Tunisia. Or a geopolitical rival: Chinese and Russian propaganda constantly demonise America. Or a minority faith: India’s ruling party plays up the non-existent threat that Muslims, less than 15% of the population, pose to the Hindu majority.

Or the enemy could be cultural change. Many nationalist leaders describe any new social trend that makes people uncomfortable as foreign, or even a vicious attempt by foreigners to subvert their country’s values. Iran’s regime uses this argument about women’s rights; Uganda’s, about tolerance for gay people. Illiberal regimes habitually describe the values they oppose as alien, which is easier than explaining why they are wrong.

In country after country, incumbents have found that nationalist or sectarian arguments can be used to harass or exclude from office those who challenge the status quo. Iran’s corrupt theocracy insists that all presidential candidates meet its definition of Islamic piety. In 2021 it disqualified 585 of them, including all the would-be reformers, and allowed only seven to run. A new Polish law could bar from office politicians deemed to be unduly influenced by Russia; its probable target is Donald Tusk, a leading opposition candidate who is not pro-Russian at all. Since 2015, when Poland’s nationalist ruling party took charge, the country has grown eight points grubbier on the Corruption Perceptions Index.

A more nationalist government does not automatically mean a more corrupt one. It is possible for a country to become more tub-thumping, but no dirtier, at least for a while. However, in the long run, if a leader uses nationalism to erode checks and balances, it becomes easier for the people around him or his successors to plunder. This happened in Zimbabwe, where a nationalist autocrat who was far more interested in power than money, Robert Mugabe, failed to stop looting by his cronies and was ultimately overthrown by them.

Thus, regardless of the starting point, paranoid nationalism tends to make countries worse governed and less stable. A paper co-written by Abhijit Banerjee, a Nobel prize-winning economist, found that when voters pick candidates by ethnicity instead of, say, probity or competence, they end up with less honest, less competent representatives.»

Extract of How cynical leaders are whipping up nationalism to win and abuse power

3 comentários:

  1. Um dos textos mais inacreditavelmente sonsos e desonestos que já li na blogosfera. A falta de carácter começa logo no primeiro parágrafo:

    ««(...) The main drawback of paranoid nationalism is obvious. It is terrible for its targets, whether they be immigrants in Tunisia or Ukrainians whose land has been sown with mines.»

    Reduzir o que se passa na Tunísia e na Ucrânia ao nacionalismo é completamente asinino. Se a Rússia invadiu a Ucrânia devido ao nacionalismo, então os EUA também foram nacionalistas quando invadiram o Vietname, o Iraque e o Afeganistão. Ou a Grã-Bretanha, quando lutou pelas Maldivas. Esta linha de argumentação chega a ser infantil.


    «In fact, there is a clear statistical correlation between nationalism and corruption. (...)»

    Como terá dito alguém, “há mentiras, mentiras descaradas e estatísticas”. Ou, como costuma dizer quem tem dois dedos de testa, “correlação não implica causalidade”.

    Em relação ao primeiro gráfico, afirmar que os governos da China ou o Brasil utilizam o nacionalismo para se legitimar é uma meia-verdade, ou nem isso. A China utiliza sobretudo a repressão e o “crédito” social para manter o povo na linha, não o nacionalismo. E o Brasil aparece no gráfico por alma de quem, se o “nacionalista” Bolsonaro perdeu as eleições e quem manda é o comunista presidiário Lula da Silva?

    O segundo gráfico é ainda mais estapafúrdio. Desde logo, seria necessário saber mediante que critérios é que os governos foram classificados como “nacionalistas” (eixo vertical), uma vez que a Economista nunca foi imparcial nesta temática.

    Mas mesmo assumindo que os critérios sãoválidos, a corrupção depende de inúmeros factores para além dos governos: cultura e níveis de bem-estar e de civilidade dos povos, riqueza e prosperidade das nações e, sobretudo, eficácia do seu sistema judiciário no combate à corrupção. Não é por acaso que o ranking da percepção da corrupção é liderado pelos países do Norte da Europa e fundeado por países do terceiro mundo.

    Posto isto, estabelecer uma correlação directa entre nacionalismo e corrupção é absurdo, no mínimo dos mínimos, e completamente cretino se quisermos ser rigorosos. Os elevados níveis de corrupção dos países subsarianos não têm nada a ver com o nacionalismo dos seus governos, mas sim com as condições de vida e a cultura das populações. Da mesma forma, os baixos níveis de corrupção registados nos países nórdicos não decorrem da rejeição do nacionalismo por parte dos governos, mas sim da maior educação e cultura democrática dos seus povos que, por serem mais conscientes dos seus deveres e direitos, são implicitamente mais exigentes dos seus sistemas judiciários.

    «“The tribe next door are attacking us!” is an electrifying one.»

    Não podia faltar a caricatura. Como se as pessoas que lidam com os imigrantes no seu dia-a-estivessem a imaginar os abusos de que são alvo e os “cavalheiros” que escrevem estas tretas soubessem melhor do que nós. A mentira é mais do que óbvia: as pessoas não votam nos nacionalistas porque se encantam com o seu discurso; nós votamos nos nacionalistas porque só eles é que abordam os problemas que nós queremos ver abordados, nomeadamente a imigração. Não vale a pena inverter a causa e o efeito, essa estratégia é completamente transparente.


    «Or a geopolitical rival: Chinese and Russian propaganda constantly demonise America.»

    Esta aqui e de ir às lágrimas! Como se a diabolização mediática dos russos não fosse uma constante nos EUA, desde os “telejornais” até aos filmes.


    «India’s ruling party plays up the non-existent threat that Muslims, less than 15% of the population, pose to the Hindu majority.»

    “Ameaça não-existente”? Deve ser por isso que há raptos, violações e assassinatos entre hindus e muçulmanos praticamente todas as semanas! Deve ser porque não há ameaça nenhuma!

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  2. «Many nationalist leaders describe any new social trend that makes people uncomfortable as foreign, or even a vicious attempt by foreigners to subvert their country’s values.»

    Por “nova tendência social” devemos entender o quê, exactamente? A impossibilidade de podermos criticar abertamente certas religiões como fazemos com o Cristianismo? A presença cada vez maior de gangues de “jovens” que espalham a violência nas nossas cidades? O aumento das violações das nossas mulheres? Ou será apenas a exigência de milhares de milhões de euros como “reparações” pela escravatura?...


    «In country after country, incumbents have found that nationalist or sectarian arguments can be used to harass or exclude from office those who challenge the status quo.»

    É realmente curioso, porque aqui em Portugal ninguém é mais criticado e diabolizado do que o André Ventura e o seu Chega. Tal como em França a maior visada é a Marine Le Pen e o seu RN. Ou em Espanha o Abascal e o Vox. Ou na Alemanha a Alice Weidel e a AfD, etc. Aliás, na Alemanha andam-se a discutir seriamente se se deve permitir que os imigrantes recém-chegados possam votar, uma vez que há o “perigo” de a AfD conquistar vários lugares de destaque no Parlamento Federal.

    E depois ainda há o descaramento de mencionar o Mugabe como líder nacionalista, como se o nacionalismo negro e o nacionalismo europeu fossem a mesma coisa. O Mugabe começou por militar na Liga da Juventude do Congresso Nacional Africano, que era socialista. Mais tarde, militou na União do Povo Africano do Zimbabwe, quer era marxista-leninista. E, finalmente, liderou a União Nacional Africana do Zimbabwe – Frente Patriótica, que pertencia à internacional socialista.

    Enfim, “com papas e bolos se enganam os tolos”…

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    AfonsodePortugal@YouTube

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  3. Errata: onde escrevi "Maldivas" deve-se ser "Malvinas". O corrector ortográfico traiu-me.

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