Milagre. A JMJ não foi um desastre
Apesar da procrastinação e do improviso que caracterizam a alma lusitana potenciados pela incompetência do governo socialista, e graças à vitalidade e alegria de muitas centenas de milhares de jovens crentes e ao carisma de Francisco (declaração de interesse: ver esta série de posts), o evento lá se salvou manchado com a nódoa da falta de vergonha da chusma de políticos que foram procurar a bênção papal.
CP, a TAP sem asas
É a empresa pública emblemática do socialismo: 15 sindicatos fazem o impossível para tornar mais branco o elefante branco, como suprimir 26 mil comboios só no primeiro semestre, em que dois terços dos dias tiveram greves, e dezenas de milhões de euros de prejuízo, apesar dos generosos subsídios do governo.
«A educação é a nossa paixão». Quanto mais, menos
No seu relatório de auditoria ao Plano Integrado para a Recuperação das Aprendizagens 21|23 Escola+ o Tribunal de Contas concluiu com palavras cuidadosamente escolhidas («ainda não estão reunidas condições para a sua execução com eficácia») o que um cidadão comum diria que o “Escola +” foi um falhanço.
Marinha a afundar. Será também uma paixão socialista?
Pelo menos parece, já que, como na educação, o governo do Dr. Costa parece determinado em afundá-la tal como fez com as caravelas da TAP. Um breve ponto de situação: a Marinha perde um efectivo em média por dia; das cinco fragatas só três estão operacionais e dessas três só há pessoal disponível para uma e meia; das dez corvetas sobram duas; o período de manutenção é o dobro do recomendado; não há um navio de reabastecimento; etc.
Choque da realidade com as políticas de habitação do Dr. Costa. Quanto mais, menos
Com a limitação das rendas nos novos arrendamentos que ficam dependentes da última renda nos últimos 5 anos, mesmo que a habitação não esteja arrendada, o Dr. Costa enfiou mais um prego no caixão do Mais Habitação. O algodão não engana: no primeiro semestre a reabilitação urbana caiu 7,4% e as novas rendas aumentaram em Lisboa 46% e 35% em média no país.
O anúncio pelo Dr. Medina do fim das cativações foi como o anúncio da morte de Samuel Langhorne Clemens
Depois de oito anos em que três ministros das Finanças recorreram ao expediente de apresentar um orçamento apenas para efeitos de propaganda, orçamento que depois não é executado, o Dr. Medina anunciou o fim do expediente das cativações a partir de 2024. Vendo a coisa mais de perto, este ano até Maio mantinham-se 80% das cativações e em 2024 ainda vai haver cativações correspondentes a 2,5% da despesa orçamentada.
Se não há “precários” suficientes, o governo inventa-os
O mês passado a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) começou a notificar 80 mil empresas (quase 9% do número de empresas activas) para converter 350 mil trabalhadores “precários” em permanentes. Duas semanas depois começa a constatar-se que um certo número de empresas notificadas não tem trabalhadores em situação irregular.
«Empresa Financeiramente Apoiada Continuamente (pelo) Estado Central»
A venda da EFACEC foi anunciada durante seis anos dezenas de vezes pelo antigo ministro da Economia. O ministro actual quase todas as semanas a anuncia, a última vez foi para Setembro depois da assembleia de obrigacionistas aos quais o Dr. Costa Silva vai pedir para perdoarem 50%. Aos bancos será pedido um perdão de 80% e aos contribuintes será pedido que aceitem perder 113 milhões, perdão que o Dr. Costa dará sem dificuldade em nome deles. (fonte)
Talvez seja oportuno lembrar a génese da crise do subprime
O BdP tem intenção de reduzir de 3% para 1,5% o teste de stresse aos créditos à habitação com maturidades superiores a dez anos, ou seja, pretende que os bancos aprovem os créditos desde que as taxas de esforço não sejam ultrapassadas com um aumento de 1,5 pontos percentuais (pp) na taxa de juro. Não parece uma boa ideia, sabendo-se que (1) desde 1999 o Euribor 3 meses, o indexante mais usado no crédito à habitação, teve um aumento de 3,2 pp no intervalo de 4 anos, de 4,2 pp no intervalo de 10 meses e aumentou mais de 1,5 pp por cinco vezes em períodos que vão desde 7 meses até aos 20 meses; (2) a crise de 2008 iniciada pela chamada crise do subprime, resultante do disparar do crédito malparado devido ao afrouxamento dos critérios do crédito para a habitação nos EU. (Continua) |
"Duas semanas depois começa a constatar-se que um certo número de empresas notificadas não tem trabalhadores em situação irregular."
ResponderEliminarA minha empresa foi notificada por causa do contrato de uma funcionária que trabalhou cá durante 3 meses em 2015!