28/08/2023

Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (80a)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa». Outras edições do Semanário de Bordo.

A grande reforma liberal do governo socialista impedirá a ressurreição

O ministério da Justiça do Dr. Costa publicou em 18 de Agosto a Portaria n.º 265/2023 que, entre outras coisas, elimina o prazo de seis meses para a validade das certidões de óbito que deixartão de ter limitação de prazo. Registe-se que o PS em Maio tinha votado contra a proposta do deputado Carlos Guimarães Pinto no mesmo sentido, provavelmente por um reflexo pavloviano do seu grupo parlamentar.

Choque da realidade com a Boa Nova

Em Fevereiro de 2021, a ministra do Trabalho anunciou a «Pensão na Hora» que consistia no pedido e no pagamento de novas pensões serem online. Dois anos e meio depois há atrasos superiores a dois anos.

Choque da realidade com as políticas de habitação do Dr. Costa. Quanto mais, menos

Dos 1.379 apartamentos em imóveis das Forças Armadas destinados para “habitação acessível”, dois anos depois não há um único que tenha sido utilizado. A maioria dos novos apartamentos muitos deles vendidos ainda em fase de projecto ou construção são do segmento alto, facto a que não será alheio o furor regulamentário do governo que desincentiva o investimento para “habitação acessível”.

Choque da realidade com os comboios

Só à conta do Dr. Pedro Nuno, como ministro das Infraestruturas, agora em modo pausa, foram produzidas centenas de Boa Novas Ferroviárias (ver inventário de 25 produzidas em menos de dois anos). No que respeita ao Ferrovia 2020 o ponto de situação do segundo o Público é o seguinte:


De Espanha, de quem se diz não virem bons ventos nem bons casamentos, poderão vir bons comboios?

Nos últimos três meses, em duas ocasiões distintas, a Renfe anunciou primeiro ir começar a operar em Portugal no eixo La Coruña-Santiago de Compostela-Vigo-Porto-Lisboa, e dois meses mais tarde anunciou um novo serviço internacional entre Plasencia e Évora. (fonte)

Unintended consequences, a maldição das políticas socialistas

Contam-se às dezenas os anúncios, as medidas e medidazinhas para resolver o “problema dos precários”, problema que reside essencialmente na rigidez do mercado de trabalho que as políticas laborais socialistas têm vindo a aumentar. A última dessas medidas foi a notificação de 80 mil empresas (quase 9% do número de empresas activas) para converter 350 mil trabalhadores “precários” em permanentes, para se constatar que um certo número dessas empresas não tinham trabalhadores em situação irregular.

A suprema ironia atinge-se quando depois oito anos de anúncios e medidas aumentou de 13,4% para 15,2% o peso dos contratos a prazo (“precários” no linguajar socialista inspirando no berloquismo).

A gestão socialista transforma qualquer actividade lucrativa num elefante branco

Da “estratégia de internacionalização” da Santa Casa de Misericórdia resultaram perdas de 20 milhões e do conjunto de asneiras dos últimos anos resultou a transformação de uma instituição lucrativa num desastre adiado enquanto entre 2016 e 2020 (último relatório publicado) o número de apparatchiks aumentava de cinco mil, incluindo 290 chefes, para seis mil. incluindo 348 chefes (fonte).

Não há crescimento sem capital e não há capital sem poupança. O resto é miragem

A produtividade portuguesa (PIB por hora a PPP) é apenas 64% da média da UE, por várias razões entre as quais um défice de educação dos empresário, dos dirigentes e dos trabalhadores e um défice de capital, 108 mil euros por trabalhador contra a média de 193 mil da UE, pelo que «para chegarmos à produtividade – e salários – europeus, precisamos de acumular cerca de 500 mil milhões de euros de capital (cerca de 200% do actual PIB)».

Quando ao primeiro défice, o governo socialista com o facilitismo nas escolas faz o possível por aumentá-lo e os salários baixos e a falta de oportunidades de trabalho qualificado fazem o resto ao empurrar para emigração “a geração mais educada de sempre”. Quando ao segundo, o governo socialista faz o possível por drenar através de uma carga fiscal espoliativa o máximo do rendimento e da poupança potencial sem a qual não é possível aumentar o capital e investir.

(Continua)

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