No nosso Glossário das Impertinências define-se Carta Aberta assim:
É uma contradição nos termos. Uma carta é fechada. Uma carta que é aberta, não é fechada (ver La Palice). É, pois, uma carta que não é uma carta. É uma circular que tem como destinatários reais toda a gente menos o destinatário formal. É também uma grande falta de vergonha de quem a escreve, ao divulgar os seus termos por terceiros, muitas vezes antes do destinatário a conhecer, sem cuidar de saber se autorizaria. É, em suma, um insulto à inteligência de todos os seus destinatários.
Pois bem, foi mais uma Carta Aberta que um conjunto de personalidades - uma espécie de "famosos" sofrendo o complexo de não serem verdadeiramente famosos - escreveram, subscreveram e publicaram no Público (what else?), jornal a que alguém chamou com propriedade o Avante da Sonae. É um conjunto que vai do realizador e promotor da TAP pública António-Pedro Vasconcelos, até ao incontornável Capitão de Abril e pedreiro do Grande Oriente Lusitano Vasco Lourenço, passando por outros incontornáveis nomes da esquerdalhada.
Propõem aquelas personalidades que o governo que nacionalizou a TAP, confiscou mais de três mil milhões de euros para nela torrar, criou a maior trapalhada e sem-vergonhice que este país viu desde Dona Maria II e agora a pretende privatizar, mantenha o “controlo estratégico" do elefante branco para o que teria de encontrar um grupo de benfeitores patetas que se dispusesse a esturricar dinheiro no dito forno crematório.
Numa única coisa estou de acordo com os famosos, a TAP não é um activo tóxico". E não é "activo tóxico" pela razão simples que não é um activo. É mais um passivo, tóxico.
Acho muito bem que divulgueis os factos, a verdade. Talvez faça falta alertar a malta.
ResponderEliminarSugiro (não é nome de japonês) que enriqueceis os escritos com, v.g., "antónio hífen", "melena e pá". etc.
Abraço
Estas bestas nem esqueceram nem aprenderam...
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