Um amigo de muitos anos do (Im)pertinências publicou recentemente no LinkedIn um paper (não lhes chamem isso, ele irrita-se) sobre o desempenho das previsões oficiais de crescimento do PIB que têm servido de base à formulação das Grandes Opções dos Planos (GOP) portugueses.
As conclusões não deveriam surpreender quem está atento ao que se passa no Portugal dos Pequeninos e está consciente da dificuldade dos nativos preverem o futuro, que é quase tão grande como a dos russos preverem o passado.
Aqui vai um resumo resumido (certamente repudiado pelo autor):
- Previsões pouco precisas e sem capacidade para antecipar as mudanças de conjuntura;
- As previsões seriam mais precisas se, em vez da parafernália de modelos, o MF tivesse usado a taxa de crescimento do ano da previsão;
- Apesar de tudo, as previsões dos governos PSD são menos más do que as dos governos PS;
- Tendência sistemática para o wishful thinking;
- As previsões das GOP são muito menos precisas e muito mais enviesadas do que as das instituições multinacionais e o retrato piora quando se comparam com as instituições nacionais de outros países.
Em suma, estamos perante um dos casos em que John Kenneth Galbraith poderia dizer (se ainda fosse vivo): «a única função das previsões económicas é tornar respeitável a astrologia».
Seriamos todos ricos com certezas em vez previsões/expectativas......
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