No seu estilo elegante, levemente gongórico, António Barreto discorre sobre o Dr. Costa, com o equilíbrio e a independência que lhe é habitual (o que para tratar da criatura em causa é um feito), num artigo do Público do passado sábado, também disponível no seu blogue Jacarandá.
Enumera os aspectos que considera positivos, como: «inteligente, um grande prático do poder, entre a esquerda e a direita, entre o mercado e o Estado (...) entre Lisboa e Berlim, entre Bruxelas e Frankfurt, construiu o seu caminho (...) conseguiu destroçar, quem sabe se definitivamente, as esquerdas radicais do PCP e do Bloco (...) com o mesmo discernimento empírico e pragmático, soube e tem sabido governar, ora à esquerda, ora à direita».
Conclui que «os êxitos políticos deste homem, indiscutíveis, são apenas comparáveis aos seus desastres ou, noutras palavras, à sua incapacidade» e aponta entre os muitos fiascos da sua governação, os resultados do SNS, a Justiça paralisada, a perda do investimento privado, a emigração dos quadros.
Faltou a António Barreto escrever a conclusão mais importante: das qualidades do Dr. Costa têm resultados benefícios para ele, para o seu partido e os apparatchiks que o rodeiam; porém, para o país essas qualidades têm sido nefastas ao servirem para iludir, potenciar e encobrir os defeitos, a incompetência e a falta de integridade da sua governação.
«(...) das qualidades do Dr. Costa têm resultados benefícios para ele, para o seu partido e os apparatchiks que o rodeiam; porém, para o país essas qualidades têm sido nefastas ao servirem para iludir, potenciar e encobrir os defeitos, a incompetência e a falta de integridade da sua governação.»
ResponderEliminarPor uma vez, posso concordar com o (Im)Pertinente a 100%. É comos os eclipses totais do Sol, de vez em quando, acontecem...
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