19/03/2021

O inferno está cheio de boas intenções (56) - Os primeiros choques de Joe Biden com a realidade

Como se pode ver no gráfico, já se fazem sentir os efeitos de [X].

X = fim do mandato de Donald Trump / medidas tomadas pela administração Biden / inflexão da curva de infecções depois do pico do Natal / ..., a resposta varia consoante se trate de um devoto ou de um agnóstico.

A seta vermelha assinala o dia da tomada de posse de J. Biden (fonte: worldometers)

Depois desta introdução ao jeito de teaser em intenção dos devotos que nos visitam, vamos às talvez boas intenções que começam a encher do inferno de Joe Biden.

Enfiando o boné de Donald Trump, Joe Biden assinou logo após a tomada de posse uma ordem executiva «Buy American», consignando 600 mil milhões de dólares (equivalente a duas vezes e meia o PIB português) do orçamento federal para a compra de bens e serviços americanos. Os efeitos previsíveis são no mínimo duvidosos e no máximo nocivos (ver esta análise).

Com outra ordem executiva, desta vez pisando o boné de Donald Trump, Biden alterou as políticas de imigração do seu antecessor, interrompeu a construção do «big, beautiful wall (depois de muitas afirmações bombásticas foram acrescentadas apenas umas ridículas 15 milhas), aliviou o controlo da fronteira com o México e declarou-se favorável à emigração. Seguiu-se o influxo de centenas de milhar de imigrantes, o caos e uma crise humanitária.

Em consequência, para travar o influxo, Biden viu-se compelido a pressionar o México, como Trump mas com boas maneiras, oferecendo 2,5 milhões de vacinas AstraZeneca. Também neste caso o resultado é no mínimo duvidoso.

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