09/12/2020

ACREDITE SE QUISER: Ela disse que era social-democrata. Não se riam já. Talvez ela quisesse parecer uma espécie de Rosa Luxemburgo com um século de atraso

«Eu sou uma social-democrata (...) haverá diferentes graduações, eu não sou uma social-democrata na mesma graduação que Marcelo Rebelo de Sousa (...)», disse Marisa Matias, eurodeputada e dirigente do Bloco de Esquerda em entrevista à TVI24.

Talvez Marisa Matias que, recorde-se, foi para Bruxelas fazer companhia ao falecido Miguel Portas, se visse como uma Rosa Luxemburgo serôdia, uma revolucionária polaca fuzilada em Berlim em 1919, que entre outras filiações foi também membro do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD). 

Entretanto, Francisco Ramos, secretário de Estado de cinco governos do PS e Coordenador do plano nacional de vacinação para a covid-19, protagonista nesta última qualidade dos momentos mais hilariantes do Isto é Gozar com Quem Trabalha do dia 6 (ver o vídeo a partir de 4:46), talvez impressionado pela social-democracia de Marisa, declarou-lhe o seu apoio.

4 comentários:

  1. Quer palco e tem-no. A jornaleirada é toda de esquerda.
    Não se deve ligar ao que diz um(a) comunista, mas sim ao que faz.
    O discurso é para um revolucionário, apenas um instrumento para alcançar os fins a que se propõe.

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  2. Sim, ela é social-democrata, e o Marcelo também se definiu, em tempos, como um socialista não marxista. No fundo são todos intercambiáveis, como bem demonstram os trânsfugas do MRPP no PS e no PSDois, o fundador do CDS que acabou no PS, e a livreira do PCP que se passou para o PSDois. No fundo, remam todos para o mesmo lado. A única coisa em que discordam é sobre o comprimento dos remos.

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  3. Obrigado pela chamada de atenção quanto à data. Em 2019, como escrevi por engano em vez de 1919, já não havia fuzilamentos em Berlim (ou ainda não havia...).

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