Há dezenas de vacinas Covid-19 nas várias fases de desenvolvimento (50 para ser mais preciso) e só na fase 3 de testes encontramos uma dezena, entre elas as sete seguintes:
Quando foram anunciados os resultados aparentemente promissores das duas vacinas mais avançadas, a BNT162 da Pfizer/BioNTech (anunciada com 90% de eficácia) e a mRNA-1273 (anunciada com 95% de eficácia) da Moderna, os governos, os jornais e as bolsas agitaram-se, e com eles excitaram-se muitos milhões de exemplares do H. s. sapiens, uns suspirando de alívio, outros ruminando teorias da conspiração e uma pequena minoria antecipando ganhos substanciais e, sem se darem conta, alimentando as teorias da conspiração - se alguém ganha dinheiro com isso fica logo completa a trindade do crime: motivo, meios e oportunidade.
Tal como as notícias da morte de Mark Twain, também estas reacções parecem grandemente exageradas a uma criatura portadora de um saudável cepticismo, algo bastante raro, no passado pela fé religiosa e no presente pela devoção às grandes causas que substituíram a religião. Desde logo porque a história das vacinas contra os vírus tem sido uma demonstração de outro pensamento famoso de Winston Churchill: «o sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo».
Depois, quando se desce ao mundo real, se suspeita estarem a ser usados atalhos nos procedimentos científicos, por exemplo na avaliação do risco dos efeitos secundários, se sabe o caminho que aquelas duas vacinas ainda terão que percorrer, se antecipam as dificuldades para produzir os milhares de milhões de vacinas necessárias, os problemas logísticos para transportar, distribuir e administrar vacinas que precisam de ser mantidas a temperaturas (de -20º a -80º Celsius) que exigem equipamentos especiais, então toda esta excitação parece um poucochinho despropositada, como diria o Dr. Costa se não se sentisse obrigado a contar estórias ao povo.
Winston Churchill: «o sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo».
ResponderEliminarPois é. Não irá haver vacina contra uma doença que mata menos gente do que a gripe. Esta já é um negócio garantido. Isto... nem cacau tem para adquirir as doses anti-gripe triviais.
Iremos, pois, esperar sentados. As farmacêuticas não são a S.C. da Misericórdia e só andam por aí para ganhar dinheiro para os seus accionistas: uns capitalistas do piorio.
Abraço