«Na verdade, o que se anuncia é um dos mais violentos atentados contra a liberdade de expressão que Portugal conhece há décadas! Como quase sempre, sob a aparência de causas nobres (contra o racismo) e de sentimentos elevados (contra o ódio), o que na verdade se propõe é o estabelecimento de um cânone de virtudes e de um catecismo de valores. Os governantes e os cientistas sociais que assim se exprimem pretendem a “monitorização” dos discursos, actividade aparentemente inócua. O que na verdade querem é o estabelecimento de uma ordem. Para que serve “monitorizar”? Não tenhamos dúvidas: é um eufemismo para vigiar, policiar, registar e fiscalizar. É o que fazem as polícias, a PIDE, a KGB, a STASI e outras, vivas ou defuntas. É o que sempre fizeram as censuras. De repente, estas pessoas encontram o pretexto ideal: um partido fascista e um deputado xenófobo! Contra esse mal, desembainham espadas e alinham artilharia. Revelam-se os censores que são. (...)
Depois do manifesto inquisitório, os pezinhos de lã do governo disfarçam as botifarras da censura. Parece que o governo vai abrir democrático concurso para aprovar cinco projectos de monitorização das expressões e das narrativas! Sempre com motivos nobres, claro: denunciar o ódio e observar o racismo! (...)
Entre governantes, grupos fanáticos e académicos apostados em destruir a universidade e substitui-la por fuzileiros do pensamento, está a criar-se um clima que faz lembrar a Censura salazarista, o Macarthismo, o Jdanovismo soviético… Com algumas diferenças. Antes, eram as polícias e os tribunais. Hoje, são agências de comunicação e universidades que se prestem a tal serviço.»
Monitorizar o pensamento, António Barreto
«Em Portugal, a liberdade é muito difícil» escreveu há muitos anos Alçada Baptista. Após 46 anos de democracia asmática, a liberdade é cada vez mais difícil porque os portugueses não a apreciam e estão dispostos a abdicar dela por quase tudo, desde o medo até um prato de lentilhas. Isso acarreta uma responsabilidade acrescida para quem a liberdade é tão importante como o ar que se respira.
Repetindo : dever cívico votar o mais à direita possível na próxima oportunidade.
ResponderEliminarPura questão de higiene mental...e liberdade individual.
Nem mais, caro "Unknown" das 15:54! Isto está a ultrapassar todos os limites do aceitável!
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