09/06/2020

Por mais um passe de mágica social-costista a regra do "dois por um" foi transformada em "um por dois ou mais"

Fontes: PORDATA e DGAEP
«O Governo pôs fim à regra da contratação de um novo funcionário da Função Pública apenas com a saída de dois. O Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) prevê a contratação de “um por um”, ou seja, por cada funcionário que saía, pode contratar um.»

É uma completa mentira. Passemos em revista o que se passou com os efectivos da função pública.

O governo de Passos Coelhos reduziu 68,7 mil funcionários públicos de 727,8 para 659,1 mil. O governo do Dr. Costa aumentou de 659,1 para 727,8 até 2018 e em 2019 aumentou mais 15,3 para 698,5 mil.

Em conclusão: desde que o Dr. Costa tomou conta da sua freguesia eleitoral, em quatro anos esta aumentou 39,4 mil e, portanto, a regra que adoptou não foi "dois por um" foi "um por dois ou mais". Foi mais um passe de mágica para permitir acomodar parte da redução de 40 para 35 horas «sem impacto orçamental», como garantiu o Dr. Centeno e S. Exª. o PR assinou por baixo.

Escrevi acomodar parte da redução de 40 para 35 horas porque para compensar a redução do número de horas, sem aumento de produtividade, seriam necessários mais 82 mil funcionários (12,5%). Como o aumento foi menos de metade, o resto da compensação foi a degradação dos serviços públicos. Ainda assim, houve um impacto orçamental nas despesas com pessoal que aumentaram 2,5 mil milhões (12,3%) em 4 anos o que só foi possível com aumento brutal dos impostos de 12,1 mil milhões. Foi esta a obra da dupla Costa-Centeno.

Que dizer? Se Eça ainda por cá andasse poria outra vez na boca do Conde de Abranhos:
«Este governo não há de cair - porque não é um edifício. Tem de sair com benzina - porque é uma nódoa!»

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