20/06/2020

CAMINHO PARA A INSOLVÊNCIA: O socialismo do Dr. Costa acaba quando acabar o dinheiro da UE

Anuncia o Jornal de Negócios, com grande alegria, que «o consumo per capita e o PIB per capita de Portugal aumentaram em 2019 para máximos de 2010, indicando que o bem-estar económico das famílias portuguesas voltou a aproximar-se da média da União Europeia

Antes de embandeirar em arco, falta lembrar que se no consumo com 86% da média da UE o Portugal dos Pequeninos é o campeão dos pobres sobreviventes do socialismo soviético, em matéria de produção, medida pelo PIB per capita em PPS, tinha no mesmo ano 79% da média europeia e em matéria de produtividade do trabalho por hora trabalhada em 2018 (último ano disponível) não passava de 74,9% da média, tendo descido de 78,3% em 2015, antes da chegada do Dr. Costa.

Falta lembrar que é perfeitamente possível aumentar o consumo individual, apesar da produção e da produtividades baixarem cada vez mais. Como? perguntareis, distraidamente. Simplesmente criando dívida pública e privada ao exterior, o que temos vindo a fazer com afinco. Enfim, pelo menos enquanto houver credores disponíveis.

Ora, como se sabe, o socialismo acaba quando termina o dinheiro dos outros. E o dinheiro dos credores termina quando eles desconfiam que não vamos pagar, como já aconteceu no passado. Por isso, é tão importante para o socialismo lusitano a chamada mutualização da dívida, que é como quem diz o socialismo lusitano pede dinheiro e o capitalismo da UE garante que paga a conta.

Há apenas um pequeno obstáculo no horizonte que é a «queda monumental» (o melhor prognóstico involuntário do presidente dos beijinhos). Queda sem para-quedas e com uma mochila às costas de uma dívida pública de uns 250 mil milhões e um endividamento total da economia que no fim da festa poderá atingir uns 800 mil milhões (está em 725 mil milhões). Nessa altura, com o teatro a arder, nada valerão os truques de prestidigitação do Dr. Costa e dos seus partenaires.

1 comentário:

  1. Palpita-me que nessa altura o Costa já terá arredado. Quando ele diz que "não vai haver austeridade" (visível e evidente à moda do PSD, e não a encapotada que ele tem vindo a fazer), é provavelmente a única promessa que ele vai cumprir. Porque quando a maré virar - e não deve tardar muito - arranja um pretexto quaquer (tipo PEC-4) e salta fora. Depois fica o dr. Rui Rio com o encargo de limpar a sujeira, o que ele fará de bom grado, por "imperativo nacional". Foi sempre assim no passado, porque havia de ser diferente desta vez?

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