Parece haver só duas pessoas em Portugal que não esqueceram o maior escândalo do jornalismo de causas, na modalidade saco-azul. Um deles é este vosso escriba e o outro é António Galamba - actualmente uma bête noire do Dr. Costa - que reincidiu há dias com outro artigo sobre o assunto: Os jornalistas no saco azul do GES e a teoria geral do funil.
Tudo começou há quatro anos quando o Expresso e a TVI divulgaram as primeiras informações sobre os Papéis do Panamá entre os quais se encontrava uma lista de avenças e compensações pagas pelo GES a mais de uma centena de pessoas, incluindo políticos, gestores e jornalistas até hoje não divulgada.
Muita gente, incluindo eu próprio, entendeu que essa lista fazia parte dos Papéis do Panamá. Mais tarde o Expresso publicou uma Nota Editorial onde esclareceu que «a lista de alegados pagamentos não está nos Panama Papers. Está no Ministério Público».
Seja no Ministério Público, seja noutro lado qualquer, o assunto morreu desde então. Perdão, o assunto foi morto pela doutrina corporativista dos jornalistas em geral que desde então guardaram de Conrado o prudente silêncio, com pouquíssimas excepção, entre as quais destaco Vítor Rainho no jornal i.
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