Ao longo dos tempos, inventariámos no (Im)pertinências várias áreas de causas: o jornalismo de causas, as estatísticas de causas, a ciência de causas, a justiça de causas e a tradução de causas. Todas estas áreas partilhando das características identificadas pelo falecido Armando Baptista-Bastos a respeito do «jornalismo de indignação» que ele praticava e exaltava, jornalismo em que «não há factos. Os factos correspondem à visão do mediador, do repórter». Num certo sentido B-B foi um percursor de Kellyanne Conway, consultora de Trump, e dos seus «alternative facts» - les bons esprits se rencontrent.
Concluí então, e confirmo agora, que deveríamos acrescentar mais uma área de causas na actividade humana: o humor de causas, em que o humor não tem graça e está ao serviço de uma agenda mal disfarçada. Se o jornalismo praticado por muitos jornalistas é jornalismo de causas, o humor de RAP no seu pior, como agora, é um paradigma do humor de causas.
E que causas? Certamente não por coincidência, há algumas semanas no seu actual programa, RAP acolheu numa entrevista Jerónimo de Sousa, como então há cinco anos tinha acolhido, outra vez com visível ternura e respeitinho, tentando disfarçar sem sucesso a falta de independência em relação aos temas e a atitude servil face ao entrevistado. Isto é gozar com quem vê o programa.
Humor de causas?
ResponderEliminarPode acrescentar aí a dupla Bruno Nogueira & João Quadros, que "ataca" na TSF.
Não faz sentido acrescentá-los porque não fazem humor, são só causas.
ResponderEliminarO Quadros é um verme e o humor é exclusivo dos seres humanos.
O Nogueira só o fazia nos tempos do Senhor do Bolo
Por acaso até gosto do B Nogueira e oiço o seu Tubo de Ensaio na TSF. O seu viés é mesmo ignorância dos fenómenos económicos o que é num país como Portugal, perdoável.
ResponderEliminarQuanto ao RAP, é curioso que um tipo que ganha honorários milionários se finja de esquerda, e atacar os eleitores da IL, os quais 99% devem ganhar menos que ele!
Quanto à pergunta do RAP ao Cotrim sobre unicórnios e a mão invisível, bastava o Cotrim dar a resposta clássica: você acha que o padeiro trabalha toda a noite para lhe vender pão a todas as horas que mais lhe convêm por bondade para com o próximo? E o talhante? E o humorista? PUMBA chapada de luva branca da mão invisível!
Andou esse — vosso creado, credo — na Universidade Católica. Se calhar para ser Dr.
ResponderEliminarE apareceu, católico q.b., numa série da Pastoral para a Cultura, coordenada por uma João Avilez, na Capela do Rato: um cói de progressistas e, depois. avençados. Dos vários 'entrevistados' saiu-se igualmente mal o Rebelo de Sousa. É para se dizer que 'presunção e água benta cada qual toma a que quer'.
abraço