Um dos espantalhos agitados pelo jornalismo de causas para justificar a suposta imensa gravidade da pandemia do Covid-19 é o facto de o número de mortes estar a ser em muitas regiões e países superior à média nesta altura.
André Dias toca brevemente neste ponto, mas limita-se a constatar que o número diário de mortos não excede os máximos verificados em vários anos anteriores, o que sendo verdade pode não ser toda a verdade.
Há muito que se sabe que, por razões perfeitamente conhecidas, os meses de Inverno são os meses com maior mortalidade sobretudo nos grupos de risco e nomeadamente nos idosos. Ora o que teve de extraordinário o Inverno de 2019-2020 no hemisfério norte? Foi o Inverno mais quente desde que existem registos (os catastrofistas climáticos dizem "mais quente de sempre".
The northern-hemisphere winter of 2019-20 was the warmest ever on land |
Num ano "normal" teriam ocorrido nas 5 primeiras quinzenas cerca de 28 mil óbitos e só ocorreram cerca de 26 mil com toda a probabilidade "poupados" pelo Inverno suave. Muitos desses 2 mil óbitos "poupados" são de idosos ou pessoas de risco que viram a sua vida prolongada. Alguns deles, os 160 óbitos "pelo" e "com" Covid-19 registados na 2.ª quinzena de Março vieram a sucumbir.
Isso justifica o alarme? Nem por isso, se compararmos com o "excesso" de 367 mortes registado na segunda quinzena de Março de 2018 em relação ao mesmo período do ano anterior, para não falar do "excesso" de 1.744 mortes registado na primeira quinzena de 2017 em relação ao mesmo período do ano anterior. E, no entanto, alguém mandou fechar o país? Isso nem fez primeiras páginas de jornais.
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