Estória
As coisas descarrilaram na Amnistia Internacional (AI), uma ONG dedicada aos direitos humanos, quando um antigo funcionário se suicidou, deixando uma nota responsabilizando as pressões no trabalho. Pouco depois, outro funcionário também se suicidou, por razões desconhecidas. Foi então encarregada a KonTerra, uma consultora, de analisar o ambiente interno da AI.
Segundo o relatório da KonTerra, o ambiente na Amnistia Internacional (AI) é «tóxico». Assédio generalizado das equipas e uma mentalidade de bunker na direcção, fazem com que quase 40% dos funcionários tenham problemas de saúde mental ou física resultantes do seu trabalho.
Ainda de acordo com o relatório, o pessoal está motivado e muitos funcionários vêem o seu trabalho como uma «vocação ou causa da vida» que lhes proporciona «um sentimento de propósito e significado». Porquê então se sentem assediados? Segundo os funcionários, porque os dirigentes acreditavam tanto na sua importância e na da AI que pensavam saber melhor o que era bom para os funcionários do que os próprios. Os funcionários também achavam difícil fixar limites aceitáveis para as horas de trabalho como se lhes fosse atribuída uma espécie de missão divina. (Fonte: aqui e ali)
Como descrição de ambiente de trabalho poderia bem ser o estereótipo de uma daquelas empresas ultra-competitivas de um porco capitalista ávido e sem escrúpulos.
Moral
Em casa de ferreiro, espeto de pau. Em alternativa, também poderia ser O inferno está cheio de boas intenções, mas não tenho a certeza de que as intenções fossem boas.
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