25/08/2019

A desfaçatez das manipulações do esquerdismo só é superada pela credulidade e seguidismo dos idiotas úteis

A pretexto dos incêndios na Amazónia foram organizadas maninfestações junto a embaixadas brasileiras em vários países. O povo, mostrando um louvável siso, primou pela ausência. Em Londres juntaram-se umas centenas de activistas (segundo o Guardian, um patrocinador habitual destes eventos), em Paris umas dezenas, com destaque para as meninas que protestam tirando os trapinhos e em Lisboa fez-se uma vigília nos Restauradores com meia dúzia de dondocas e um cão com um lacinho amarelo. De todos estes eventos, esta vigília em Lisboa terá sido a mais chocante pela razão óbvia que é a capital do país onde há dois anos arderam 563 mil hectares (5.600 km2 ou 6% do território continental) e foram mortas por incúria e incompetência do governo socialista mais de uma centena de pessoas, com o primeiro-ministro fugido em férias na semana seguinte ao primeiro grande incêndio, sem que sejam conhecidas manifestações de protesto.

Brazil’s embassy in Paris August 23, REUTERS/Charles Platiau
Um pouco por todo o mundo a esquerdalhada e os idiotas úteis que a servem omitiram, manipularam, e distorceram grosseiramente informação, e por vezes pura e simplesmente inventaram, para justificar a sua indignação face a um Bolsonaro, que não sendo uma boa escolha de qualquer ponto de vista, foi eleito como resposta do povo brasileiro à corrupção extrema de um pêtismo que convocou os apoios dessa mesma esquerdalhada e dos mesmos idiotas úteis.

Façamos então um exercício de colocar em perspectiva os incêndios na Amazónia com base em factos mensuráveis.

Os dois mapas seguintes (The Economist) mostram as concentrações no dia 23 de Agosto de aerossóis resultantes de incêndios de matérias vegetais.


O primeiro mapa mostra que estão a decorrer incêndios com maior impacto global do que os da Amazónia, nomeadamente na Sibéria (estão a arder 5,5 milhões hectares = 55 mil km2) e na África Central, sem que isso indigne a esquerdalhada. Um dos incêndios mais violentos em apenas 100 km2, que no dia 23 já estava extinto mas cujos efeitos nas concentrações de aerossóis ainda é visível, foi o da Gran Canaria em que foram deslocadas 9 mil pessoas e ninguém se lembrou de propor manifs ou vigílias pedindo a demissão de Pedro Sánchez.


O segundo mapa mostra como os incêndios na floresta amazónica no interior do território brasileiro são uma apenas uma parte dos incêndios no conjunto da floresta amazónica (delimitada pela «fronteira» azul). Alguém ouviu falar de manifs de protesto pelos incêndios nas florestas amazónicas dos outros países, nomeadamente da Bolívia e do Paraguai?

Segundo os dados de satélite da NASA, a intensidade dos fogos na bacia amazónica reportada a 16 de Agosto estava próxima da média dos últimos 15 anos (fonte).

Nos últimos 15 anos a taxa de desflorestação no Brasil reduziu-se de uma média de cerca de 20,3 mil km2 nos anos de 2004-2006 para 7,6 mil km2, cerca de um terço, nos anos 2016-2018 (fonte). Por memória recorde-se o PT ocupou o poder desde que Lula foi presidente entre 2003 e 2011, seguindo-se Dilma Roussef até 2016.

incêndio florestal de Fort McMurray, Alberta no Canada, em 2016 queimou 5,9 mil kms de floresta sem que nenhuma das almas hoje indignadas com Bolsonaro apontasse o dedo a Justin Trudeau, por coincidência um darling da esquerdalhada.

2 comentários:

  1. Muito bom post. Chama a atenção para o que por aqui é ocultado.
    E sem preconceitos.
    E, como é boa práctica, com os links.

    Pena é a foto das estafermas sem os trapinhos. Assim não irão a lado algum. E só por desespero duns pobres, terão sexo...

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  2. Isto é verdadeiro Serviço Público.
    "Wishful thinking" esperar que qualquer coisa semelhante apareça no tele/jornalixo da paróquia.
    Valha a verdade que além- Caia a coisa ainda é pior, no consulado do "Okupa cum Fraude".

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